Conheça os valores e práticas do Extreme Programming (XP)

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LUZ Prime

Inicialmente usado pelas equipes de desenvolvedores de software, o Extreme Programming (XP) se tornou uma das metodologias de gerenciamento de projetos mais populares no mundo.

O XP é classificado como uma das metodologias ágeis, conhecidas por serem eficientes em projetos que precisam de flexibilidade para lidar com as mudanças.

Priorizando a satisfação do cliente e a qualidade do produto, essa metodologia busca a excelência nos processos de desenvolvimento.

Se você se interessa pelo assunto, continue lendo para entender:

  • o que é o Extreme Programming;
  • quais são os principais valores;
  • e como adotá-lo em seus projetos.

Extreme Programming: o que é e como funciona?

O Extreme Programming (XP), assim como o Scrum e o Kanban, faz parte das chamadas metodologias ágeis. Todas elas foram criadas para trazer mais agilidade para o desenvolvimento de projetos.

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Kent Beck, Ron Jeffries e Ward Cunningham foram os responsáveis pela criação do XP nos anos 90. Até hoje essa metodologia de gerenciamento de projetos é bastante usada pela área de TI por focar nas entregas e na satisfação do cliente.

E ela foi desenvolvida pensando em projetos de software, que costumam ter requisitos relativamente vagos, além de se modificarem de forma muito rápida. Assim, coloca em primeiro lugar o desenvolvimento do produto em vez do projeto ou a análise dele.

Em outras palavras, o Extreme Programming não se preocupa em entregar o que o cliente precisa em uma data específica no futuro. Isso porque em projetos como os de software as mudanças acontecem de forma muito acelerada.

Sendo assim, a ideia é entregar o que o cliente precisa em cada período. Além de evitar possíveis transtornos, o XP tem a vantagem de reduzir custos.

Mas, para que ele funcione de verdade, os profissionais envolvidos precisam acreditar nas mudanças feitas ao longo do caminho. Até porque a metodologia propõe um modelo de trabalho mais simples e eficiente, capaz de melhorar a performance das equipes.

Conheça os valores do Extreme Programming

No site oficial do XP, é possível acessar os valores que fundamentam a metodologia. Ao conhecê-los, você vai ver que fica mais fácil compreender o que ele propõe:

Simplicidade

Com o objetivo de maximizar o valor produzido a partir dos investimentos realizados em cada etapa, as equipes não fazem nada além do que é necessário e solicitado pelo cliente.

Isso porque a metodologia acredita que os passos simples ajudam a chegar ao objetivo. Ao mesmo tempo, as falhas podem ser mitigadas conforme elas surgem.

Comunicação

O XP valoriza a comunicação cara a cara entre todos os integrantes da equipe. Afinal, a ideia é que todos trabalhem juntos, desde os requisitos até a etapa de implementação dos códigos.

Dessa forma, são capazes de encontrar as melhores soluções para os problemas. É por isso também que as reuniões de atualização de status devem acontecer diariamente.

Feedback

As equipes de Extreme Programming jamais esperam que os projetos se adaptem aos seus processos. Na verdade, elas se adaptam às necessidades do projeto e do cliente.

Para isso, é preciso apresentar o produto com antecedência para receber quantos feedbacks forem necessários. A partir deles, fazer as alterações adequadas para entregar um produto excelente.

Respeito

O XP entende que todo membro é um ativo valioso para o projeto. Por isso, assim como os colaboradores devem respeitar os feedbacks dos clientes, os clientes também devem respeitar a experiência dos colaboradores.

Junto de uma boa comunicação, o respeito promove feedbacks melhores e a aceitação das mudanças necessárias.

Coragem

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Com coragem, a equipe não precisa ter nada a temer durante o processo de desenvolvimento, pois estão todos trabalhando juntos por um objetivo em comum.

Sendo assim, cada um assume a sua responsabilidade, não esconde a verdade sobre o progresso do projeto e nem cria desculpas para justificar os erros.

Quais são as práticas sugeridas pelo Extreme Programming?

Para reforçar os seus valores, a metodologia reúne um conjunto de práticas que devem ser adotadas pelas equipes. Saiba mais sobre algumas delas:

Jogo do planejamento

Serve para definir o escopo de cada versão com mais agilidade. No entanto, vale dizer que o planejamento no XP é feito constantemente. É preciso unir as estimativas técnicas com as prioridades do negócio e o escopo das versões.

Pequenas versões

Desenvolvimento com antecedência de funcionalidades prioritárias para o projeto para que sejam entregues ao cliente rapidamente. Ou seja, consiste na entrega frequente de pequenas versões de acordo com o que é mais urgente.

Testes

A realização de testes é uma prática fundamental no Extreme Programming. Isso porque ele ajuda a trazer mais confiança para as alterações do projeto. Por meio deles, a equipe consegue logo identificar erros no produto.

Programação em pares

Enquanto uma pessoa trabalha em uma máquina, outra a acompanha para dar sugestões ou fazer críticas. Então, vão trocando de lugar, colaborando com o aprendizado, a comunicação, a produtividade e a qualidade das entregas.

Reunião diária

Em vez de longas reuniões, o Extreme Programming propõe reuniões diárias mas rápidas. Podem ser feitas de pé para agilizar a conversa sobre o que foi feito no dia anterior, o que é preciso ser feito no dia e se existem empecilhos.

Semana de 40 horas

Para manter um ritmo de trabalho saudável, o XP defende que os colaboradores não devem fazer horas extras, apenas cumprir suas 40 horas semanais. Quando a equipe trabalha mais do que deveria, é sinal de que algo não está certo.

Cliente presente

Os clientes devem participar do processo de desenvolvimento, ajudar a definir as prioridades, escrever os testes e oferecer sugestões com base em suas experiências.

Como saber se o Extreme Programming é a melhor opção para os seus projetos

As características de cada projeto devem ser levadas em conta na hora de escolher a metodologia mais adequada.

O Extreme Programming, assim como outras metodologias ágeis, é indicado para os projetos formados por equipes pequenas e que passam por mudanças constantes. Ou seja, que demandam adaptações de escopo ao longo do processo de desenvolvimento.

Além disso, vale a pena lembrar do caráter técnico do XP. Isso explica por que, diferentemente do Kanban e Scrum, ele é pouco adotado em outras áreas. 

É possível aplicar a metodologia em projetos fora da área de TI?

Embora seja menos comum, saiba que os valores e as práticas do XP podem ser aplicados em projetos não-tecnológicos.

Esse é o caso, por exemplo, dos serviços prestados em pacotes de horas. Em vez de o consultor vender um escopo fechado, as entregas vão sendo feitas por ciclos, que podem ser semanais ou mensais.

Nesse aspecto, é um modelo de trabalho bem semelhante ao Extreme Programming. E, portanto, as práticas dessa metodologia conseguem atender muito bem às necessidades de projetos desse tipo.

O que acha de uma última dica para facilitar a sua vida? Confira a planilha de gerenciamento de projetos e veja como ela ajuda você a acompanhar todos os seus projetos!

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